A criação de uma diretoria para a erradicação do trabalho infantil e a capacitação dos 40 Conselhos Tutelares do DF são algumas das ações previstas pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus/DF) no atendimento à criança e ao adolescente. A informação foi dada pela subsecretária de Políticas para Crianças e Adolescentes da Sejus, Adriana Faria, adiantando, ainda, que será realizado um mapeamento em lugares críticos de exploração sexual no Distrito Federal para traçar políticas públicas efetivas.
“Além de mapear os locais para onde as crianças que trabalhavam no lixão migraram depois da desativação, é preciso numerar a evasão escolar. Só assim poderemos traçar um planejamento eficaz da erradicação do trabalho, na volta para escola e no que fazer no contraturno”, afirmou a subsecretária.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, o número de denúncias relativas ao trabalho infantil triplicou no ano passado. Hoje, são cerca de 9 mil jovens trabalhando ilegalmente no DF. O alto índice de desemprego e a falta de uma boa assistência social estão entre os principais motivos para o aumento da taxa.
No diagnóstico prévio, Adriana Faria elencou três formas de trabalho infantil recorrentes no Distrito Federal: o trabalho noturno, que engloba a exploração sexual, principalmente em estradas interestaduais; o meio rural, onde existe uma cultura da mão de obra infantil, e o antigo aterro de lixo da cidade Estrutural, onde as crianças, além de trabalharem, viviam em situações insalubres.
Outra ação prevista é a parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) para remodelar o termo de cooperação e realizar o diagnóstico necessário com as crianças da Estrutural.
Para o secretário de Justiça e Cidadania, Gustavo Rocha, é primordial garantir direitos para crianças e adolescentes. “As ações são sólidas e fortalecem nosso compromisso com o futuro de nossas crianças, que merecem estar na escola e em condições dignas de vida”, destacou.